Asteroide quase atinge a Terra na Sibéria, com um segundo asteroide massivo passando esta semana
- Robert Murph
- 4 de dez. de 2024
- 3 min de leitura
Na manhã de terça-feira, 3 de dezembro de 2024, um pequeno asteroide entrou na atmosfera terrestre sobre a região de Yakutia, no nordeste da Sibéria, criando uma bola de fogo visível para diversas pessoas na região. Este evento marcou o quarto impacto de asteroide detectado na Terra em 2024 e apenas o 11º de todos os tempos, segundo a Agência Espacial Europeia (ESA). A notícia gerou preocupações, mas também destacou os avanços na detecção de objetos próximos à Terra.

O Asteroide C0WEPC5 e seu Impacto na Sibéria
O asteroide, temporariamente chamado de C0WEPC5, tinha cerca de 27 polegadas (68,58 cm) de diâmetro. A ESA emitiu um alerta sobre a aproximação do asteroide às 4h27 (horário de Brasília), informando que o impacto seria inofensivo, apesar da criação de uma bola de fogo visível no céu. O Observatório Nacional Kitt Peak, no Arizona, foi responsável pela identificação do asteroide e pela previsão de sua trajetória.
Vídeos publicados nas redes sociais mostraram a bola de fogo brilhante e veloz cruzando o céu antes de se dissipar. Ainda não se sabe com certeza quanta, ou se alguma, parte do asteroide atingiu o solo. A velocidade e o tamanho do asteroide estão desenvolvendo para a intensidade do evento, mas sua pequena dimensão garantiu que não representasse um perigo significativo para a população.
Um Segundo Asteroide Passa Próximo à Terra
Este evento na Sibéria não foi um acontecimento isolado. Outro asteroide, muito maior, chamado 2020 XR, passou próximo à Terra na quarta-feira, 4 de dezembro, às 0h27 (horário de Brasília). Com aproximadamente 1.200 pés (365,76 metros) de diâmetro – aproximadamente a altura do Empire State Building – o 2020 XR é significativamente maior que o C0WEPC5.
Apesar de seu tamanho impressionante, o 2020 XR passou a uma distância segura de 1,37 milhões de milhas (2,2 milhões de milhas) da Terra. Embora esta distância seja específica, a NASA classifica qualquer objeto que se aproxime a menos de 4,6 milhões de milhas (7,4 milhões de milhas) da Terra como “potencialmente perigoso”. Essa classificação serve como um indicador de vigilância, permitindo que os cientistas monitorem objetos que poderiam representar uma ameaça no futuro, mesmo que não apresentem risco imediato.
A Importância da Detecção de Asteroides
Uma capacidade crescente de detecção de asteroides próximos à Terra é crucial para a segurança do nosso planeta. Os avanços tecnológicos permitem que os astronômicos identifiquem e rastreiem esses objetos com mais precisão, permitindo a previsão de suas trajetórias e a avaliação de riscos potenciais. A NASA relata que mais de 36.000 asteroides já passaram perto da Terra, e desde outubro de 2023, 132 asteroides conhecidos passaram mais perto do nosso planeta do que a Lua.
A detecção precoce é fundamental para permitir a implementação de estratégias de defesa planetária, caso um asteroide represente uma ameaça real de impacto. Embora eventos como o impacto na Sibéria sejam relativamente comuns e geralmente inofensivos, eles servem como um lembrete da importância contínua do monitoramento e da pesquisa em defesa planetária. A missão DART da NASA, por exemplo, demonstrou a previsão de desviar um asteroide através de impacto cinético, abrindo caminho para futuras missões de mitigação de riscos.
Conclusão: Vigilância Contínua é Essencial
Os eventos desta semana reforçam a necessidade de uma vigilância contínua do espaço próximo à Terra. A capacidade de detectar e rastrear asteroides, combinada com o desenvolvimento de tecnologias de defesa planetária, são essenciais para proteger nosso planeta de potenciais ameaças futuras. A comunidade científica internacional continua trabalhando para melhorar nossas capacidades de detecção e desenvolver estratégias para lidar com objetos próximos à Terra, garantindo a segurança do nosso planeta.
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